sexta-feira, 16 de julho de 2010

AS VIAGENS DE TRANSPORTES PÚBLICOS DAVAM UM FILME #1

Cena 1
Na fila para o autocarro.
Chega o 768.

Senhora-despenteada-com-ar-de-alucinada-que-eu-já-vislumbrei-lá-para-as-minhas-zonas, que estava atrás de mim na fila:
- (Passa à minha frente. Olha para outra senhora, também com um ar algo alucinado) Olha-m’esta c’a mania que pode passar à frente! A fila é lá atrás!

Cena 2
Já dentro do autocarro.
Senhora-despenteada-com-ar-de-alucinada-que-eu-já-vislumbrei-lá-para-as-minhas-zonas:
- (Para uma senhora-sentada-nos-lugares-reservados-a-deficientes,-grávidas-ou-acompanhantes-de-crianças-de-colo, que tinha a mala em cima do banco do lado) Oh minha senhora, tire daí a mala, que eu quero sentar-me!
Senhora-sentada-nos-lugares-reservados-a-deficientes,-grávidas-ou-acompanhantes-de-crianças-de-colo:
- Não tiro nada! Estou a guardar o lugar para a minha nora que foi operada às varizes!
Senhora-despenteada-com-ar-de-alucinada-que-eu-já-vislumbrei-lá-para-as-minhas-zonas:
- E eu fui operada ao peito! Tenho mais direito qu’ela!



E é isto.
Depois, eu fiquei com uma vontade gigante de explicar a todas as pessoas que a m**** daqueles lugares estão reservados a DEFICIENTES, GRÁVIDAS OU ACOMPANHANTES DE CRIANÇAS DE COLO e não a senhoras idosas, que se sentem no direito de expulsar toda a gente só para irem com o c* sentado nos bancos vermelhos, armarem escândalos às 8 da manhã e saírem pela porta da frente.
É por isto que nunca me sento nesses lugares, sob pena de um dia me atirar a alguma e dizer aquilo que quero, mas não me fica bem.

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